RELVA

A Relva é um bairro nascido no século XX.

Está separado do aglomerado inicial da povoação e o seu início está ligado à quinta do Sr. João Carrilho que ali fez a sua casa no ano de 1925. 

A casa ligava com uma vinha que chegava até ao caminho junto às casas da padaria do Sr. Martins.

Parte do (que foi o) muro da vinha ainda se mantém.

Posteriormente, penso que teria sido construido o conjunto de casas do Ti Nazaré e do Dr. Armando Gonçalves, casado com a filha do Sr. João Carrilho.

A Relva tem o seu nome do relvado que ali existia e que era uma zona de eiras que, com o lameiro do Soito e as Eiras, rodeavam a povoação e que serviam para fazer as malhas.

No final dos anos 40 do século XX, foi ali construida a escola primária.



Inicialmente a escola foi só para rapazes. As raparigas ficaram na escola que funcionava numa casa que agora está incorporada na casa e estabelecimento do Ti João Rito, junto da Praça.
Em 1953, as raparigas passaram também para a escola da Relva, dividindo os dias, de manhã para os rapazes e de tarde para as raparigas.

No principípio dos anos 60 o Dr. Diamantino fundou o colégio do Soito, instalado na Relva em edifício do Ti João Nabais.


Mais recentemente, toda a áera da vinha do Sr. João Carrilho foi transformada em bairro habitacional.

PADRE MÁRIO RITO DIAS

Filho de Óscar Dias e Glória Manso Rito nasceu no Soito no dia 22 de Maio de 1941, nesta casa na Rua dos Lameiros.

 Estudou nos Franciscanos Capuchinhos, nos colégios de Vila Nova de Poiares, Barcelos, Salamanca (Espanha) e Toulouse (França). Foi ordenado Sacerdote em 27 de Julho de 1966 na Igreja da Luz em Lisboa, vindo ao Soito em 14 de Agosto de 1966 para celebrar a sua Missa Nova.
Foi professor no Seminário dos Capuchinhos de Gondomar e director do Externato Paulo VI desde 1968 a 1982.
Em 12 de Fevereiro de 1982 parte como Missionário para Uíge, Angola, onde esteve cerca de 10 anos, em plena guerra civil de Angola.
Foi pároco das freguesias de Freches, Carnicães, Castanheira, Palhais, Rio de Mel, Torres e Vilares, Concelho de Trancoso na diocese da Guarda, desde 2000 até 2004, data em voltou a casa dos Capuchinhos de Barcelos, onde vem a falecer no dia 6 de Agosto de 2005, num ataque repentino que deixou um sentimento de vazio em todos os que sempre o consideraram seu professor, pai e amigo, eterno.
Recordemos a sua voz, o seu gesto, a sua alegria

ENG. ENGRÁCIA CARRILHO

MANUEL AUGUSTO ENGRÁCIA CARRILHO

O Sr. Eng. Engrácia Carrilho nasceu no Soito no dia 27 de Setembro de 1916, filho de Carlos Carrilho e Clara Engrácia Carrilho, que moravam nesta casa da Praça. A Srª Clara morou nesta casa até 27 de Setembro de 1975, data da sua morte, com 85 anos de idade. 

A casa antiga foi substituida por esta de traçado moderno

O Eng. Angrácia Carrilho foi talvez o homem mais importante do Soito no século XX. Além doutros cargos importantes que exerceu, foi Delegado da Junta de Colonização Interna em Coimbra, onde ingressou em 1948, governador civil de Viseu de 1964 a 1971, presidente da Comissão da Região Centro - Coimbra, de 1971 a 1975 e Presidente da Câmara Municipal de Viseu, eleito em 1986.

Como Delegado da Junta de Colonização Interna, promoveu a ocupação dos solos da área da chamada Quinta das Peladas ou Colónia Agrícola de Martim Rei, localizada entre o Sabugal e Quadrazais, aí se fixando populações que transformaram radicalmente a área.

Em 30 de Novembro de 1992, faleceu num acidente de Viação, juntamente com sua esposa, D. Maria do Céu Girão Ferreira Carrilho.

A Santa Casa da Misericórdia de Viseu, de que foi provedor durante vários anos e na qual deixou muitas obras, em 1997, editou um livro com a obra do Eng. Engrácia Carrilho, do qual foram tiradas as fotos dele e da sua família, que aqui são apresentadas.

O Engenheiro com a mulher e os sete filhos, em 1966

Os mesmos e nas mesmas posições, em 1986

O bispo de Vizeu, D. António Monteiro, falecido em 2004, precisamente com mesma idade com que morreu o Engenheiro Carrilho (76 anos), era amigo e colega da ordem dos capuchinhos dos Padres do Soito, Manuel Rito Dias e Mário Rito Dias e foi professor de muitos seminaristas do Soito no seminário da sua ordem. Estariam os dois aqui a falar do Soito e das pessoas que lá conheciam? Quem sabe?

O Soito, pela primeira vez na sua história, alterou a toponímia das suas ruas, e em 6 de Agosto de 1999, colocou o nome do Eng. Engrácia Carrilho à Praça, quando era ministro da cultura um filho do Eng. Engrácia Carrilho, o Prof. Dr. Manuel Maria Ferreira Carrilho, que veio nesse dia descerrar a respectiva placa.
O Eng. Carrilho era um grande amigo do Soito e das suas pessoas. Aqui era conhecido por todos como o Sr. Manuelzinho e muitos soitenses lhe devem muito.

BERNARDO FRADE

O Ti Bernardo Frade quando casou com a Ti Céu, filha do Ti Iluminado e da Ti Dionísia, foi morar para uma casa em frente ao Ti Manuel da Amália, com escada exterior, que é a que vemos nesta foto da matança e que já não existe.

Mais tarde, fez a casa da Av. S. Cristóvão, onde intalou o café.

A casa junto à ribeira da Meniége também foi construida por ele, mas nunca foi ocupada.

 

SENHORA DA GRANJA 2004

 

MAJOR CARRILHO

CORONEL FERNANDO OCTÁVIO CARRILHO

O coronel Fernando Carrilho ficou para sempre conhecido no Soito como o Major Carrilho, desde o tempo em que esteve como comandante da GNR na Guarda.

Era um grande amigo do Soito e das suas gentes e por isso veio a residir para a casa onde nasceu e que foi do seu Pai, Sr. João Baptista Carrilho, na Relva, que agora está à venda.

Na Senhora da Granja de 2004 marcou presença, com a sua simpática esposa, D. Alzira, natural da Guarda, e também amiga do Soito.

Foi a última vez que esteve na Senhora da Granja, já que em Março de 2005, faleceu repentina e inesperadamente, deixando os seus amigos, a sua mulher e as suas duas filhas com o coração cheio de dor.

Era irmão de Fausto, falecido o ano passado e da D. Zulmira, falecida há cerca de 25 anos e que era casada com o Dr. Armando Gonçalves.

Aqui ficam umas imagens em homenagem a este grande amigo do Soito e das suas gentes. 

RANKING

A RANKING foi uma das grandes fábricas de confecções de pronto a vestir que existiram no Soito.
O Toninho Oliveira, seu fundador e dinamizador, homem que, no séc. XX, levou o seu nome e o do Soito a todo o Portugal e não só, ficou completamente destroçado com a falência da empresa.

A falência da RANKING deixou muitos trabalhadores do Soito no Desemprego.
Em Abril de 2004, foi leiloado o recheio da fábrica.

20 Abril de 2004 - leilão do recheio da Ranking





Alguns trabalhadores da Ranking que vieram assistir ao leilão